3 de setembro de 2011

O Brasil do samba ou o Brasil do futebol?


Estamos em ritmo de Copa do Mundo, e caminhando letargicamente para vitrine do mundo com obras mescladas a projetos e valores supostamente bem calculados. Veremos!!!
Ops! Se houver auditoria, pois levantar dúvida ou demonstrar por vídeos desvios e superfaturamentos nos setores legislativos e executivos é algo do tipo aquilo que não podemos citar “Voldemort” da saga Harry Potter ® aqui no Brasil.
Vejo diariamente projetos ecológicos, obras ecológicas, mega obras, tecnologia verde e para indignação pessoal aqui no país não é aplicado. Se eu oferecer um projeto (*) de casa com idéias verdes, energia sustentável, o cliente somente pergunta quanto custa? E não quanto melhor e econômico será para viver com o uso. Desanima...
(*) Aceito encomendas.

Estamos sempre “em estudos” – dá a impressão de que seremos sempre alunos de baixo QI e vivemos repetindo a série por preguiça de usar a inteligência e os recursos que nos rodeia. 
Rio + 20 já mostra sinal de presença e nestes 20 anos, após o Rio 92, continuamos engatinhando, acomodados com os recursos que possuímos. Vivemos num país das maravilhas, fora da realidade sustentável e ecológica. Tudo bem! Não poluímos o mundo na mesma grandeza que os norte americanos, mas poderíamos mostrar que podemos ser mais que os europeus na preservação do planeta. E por que não mostrando mundialmente com a Copa do Mundo 2014?
Moda de telhado verde é interessante, mas em escala de mundo sustentável, colocaria (como todos os especialistas visionários no mundo) uma seqüência lógica de retorno ou diminuição do desgaste global de recursos:
Energia verde (solar e eólica – já imaginou, no lugar de favelas nos morros periféricos as cidades, geradores eólicos e vegetação natural replantada?);
  • Reciclagem de metais (ferro, alumínio, etc.) e derivados de petróleo (plásticos em geral);
  • Transporte hibrido (**) e/ou elétrico à bateria e não cabos tipo bonde elétrico;
  • Biodiesel para cargas pesadas e aviões (óleo de cozinha processado não só para fazer sabão mas também para combustível de aviação já é testado e demonstra bons resultados!);
  • Gás e esterno de lixo urbano e água residual urbana;
  • Reuso de água servida;
  • Telhado verde (grama);
  • Plástico derivado da cana de açúcar;
  • Energia de marés (para bairros litorâneos);
  • Janela eletrocrômica;
  • Transporte coletivo mais eficiente e ecológico.
São exemplos de tecnologias já presentes, porém distante do uso comum (exceto a reciclagem de latinhas e pets), possivelmente mais viável com o aumento da produção e incentivo fiscal.
(**) Considero a melhor combinação de propulsão apriori. Usarei post a parte comentando, exemplificando e comparando com os rotulados verdes.

Voltando ao motivo do post, indago: extraímos o melhor silício para placas fotovoltaicas (células solares) e já possuímos bases geradoras de energia em testes; cito as reportagens dos programas:
Caminhos da Energia - Episódio 09 - Soluções em eficiência energética e sustentabilidade (28/07/11);
 
e Cidades & Soluções - Energia Eólica (03/03/11): com incentivo fiscal de 30% em solo norte americano – isso mesmo, lá tem apoio do governo!

 

Cidades & Soluções - A hora e a vez daenergia solar (25/8/11) 

Por que não aplicá-las aos estádios em construção para a Copa de 2014? Podendo ser nas coberturas das arquibancadas (projeto de cobertura com painéis de vidro foi usado na Copa da África). Usaríamos as células solares, gerando energia verde tanto para a ocasião de uso da iluminação do prédio esportivo como para adicionar como ponto gerador de energia para a cidade/bairro.

É possível? Sim!! Depende do interesse e visão ecológica.
Demonstraremos habilidade de construção, logística e pensamento verde ou estaremos fadados a incompetência administrativa e corruptiva que presenciamos a cada manchete de jornal? Mostraremos que estamos capacitados a qualquer partida, qualquer tarefa, qualquer dificuldade ou envergonharemos nossos avós pela improdutividade de nossa geração?

Vejo isso somente em Dubai. Pena que para a grande parte dos brasileiros isso tenha conotação de fábula das arábias...

Agora, para finalizar, completo com uma frase de Willian Shakespeare que já usei várias vezes na minha vida:
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar."

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