Vida de político - eu que pago a conta.

A máquina política no Brasil vive em constante movimento, e lamentavelmente é de criação de esquemas e vantagens, e o próximo a ser usado será o pagamento de meia entrada (lógico que a preocupação é somente nos jogos da copa), o debate é se os governadores de respectivas cidades cobrirão (com dinheiro público) a diferença para com a FIFA em troca de votos ou deputados e vereadores poderão ganhar com parte do bolo.

Quem pagará a diferença para a FIFA? Por que não usar o dinheiro para saúde?

Matéria complementar sobre o assunto: Mônica Bergamo (12/10/2011) - Meia-entrada em jogos da Copa poderão ser negociadas entre a Fifa e o governo brasileiro

Como o Estado (não dá para chamar de governo este desgoverno) mostra sempre preocupações com causas fúteis ou pontuais, deixando o planejamento, coerência, gestão, e sociedade em primeira perspectiva de lado; vivo a questionar pois toda semana tem “novidade” e emendas para “corrigir” erros de leitura e acordos firmados – assina contrato com a FIFA e agora que descobre preço único, isenção de impostos e exclusividade comercial em todas as áreas?!!

Cito exemplos das leis e estatutos e seus a abusos na prática:

Estatuto da criança – libera a pratica de furto, roubo, latrocínio, trafico, destruição de bem público e privado;

Estatuto da juventude – jovem com 29 anos! Dará direito a pagar meia para cerveja e cigarro? Meia na gasolina para a “voltinha” de carro na balda?  É tão absurdo que não tenho mais comentários;

Estatuto do idoso – no lugar de dar uma aposentadoria digna, oferece dinheiro por agiotagem oficializada e descontos em transportes, hospedagens. Falta na verdade, educar a população a ceder lugar (filas e acentos) ao invés de obrigar tal comportamento ou criar o “office old boy” para burlar filas nos bancos;

Estatuto da Copa – libera a venda por cambistas (favorece a falsificação);

Lei da meia entrada – vejo em pleno funcionamento em casas noturnas a “carteirada de estudante”, a derrama de documentos estudantis falsos (confirmado pelo Odilon Wagner, presidente da APTI) e concordo com as observações por ele apresentado: quem paga o valor real, e por que não meio livro, meio dentista, meio plano de saúde? Não discordo do transporte urbano escola / casa, ainda mais com o bilhete eletrônico que permite fazer auditoria de uso, trajeto e horário – alguém sabe fazer auditoria em bilhete eletrônico? Até meu sobrinho sabe!!
Matéria complementar sobre o assunto: Programa Entre Aspas – Globo News (11/10/11) - Projeto do Estatuto da Juventude gera polêmica em Brasília.

Mas o que mais dou valor é o estatuto do político – libera, entre outras vantagens, para: sonegação fiscal, apropriação ilícita, cartel, decoro parlamentar, formação de quadrilha, peculato, abuso de verba pública, improbidade administrativa, nepotismo... 
Matéria complementar sobre o assunto: Vereadores gastaram R$ 1 milhão com alimentação em Vila Velha, ES

 

O número foi apurado pelo Tribunal de Contas no estado.

Um político desembolsou R$ 15 mil com pães franceses e rosquinhas.

O Ministério Público Estadual está investigando os gastos dos vereadores de Vila Velha, na Grande Vitória, com alimentação no ano de 2009. De acordo com registros apurados por uma auditoria do Tribunal de Contas, mais de R$ 1 milhão em verbas públicas foram utilizados para este fim.

Depois do escândalo envolvendo o gasto de R$ 23 mil com moquecas e casquinhas de siri, os parlamentares continuaram abusando da verba pública destinada a comidas e bebidas, gastando muito mais do que a população poderia imaginar.

 

E sobre o tema do post: Vida de político - eu que pago a conta.

Não reclamaria tanto se eu me enquadrasse no estatuto da juventude, do idoso ou do estudante.