10 de outubro de 2011

Terra Nova: A espera de um milagre. Brasil a caminho de um desastre.

Sou cinéfilo e não nego, e revendo o filme “Atraídos pelo destino” (It Could Happen to You) de 1994, dirigido por Andrew Bergman; parei para meditar um pouco sobre o tema, movido pela bela canção envolvente “Jovem no coração“ (Young at heart) - Música de Johnny Richards, interpretada por Frank Sinatra, reprisada por Tony Bennett e Shawn Colvin durante os créditos finais.
 "Fairy tales can come true
Contos de fadas podem se realizar
It can happen to you if you're young at heart (young at heart)
Pode acontecer com você se você for jovem no coração (jovem no coração) (...)"


Como belo seria viver novamente na época de 94! Não um ano comum e marcante na minha vida pessoal, contudo uma época em que os ladrões tinham medo da polícia e não parceria, motoristas eram habilitados a dirigir, pessoa alcoolizada era bêbado caído na calçada e não dirigindo, a palavra desvio na imprensa era mudança de itinerário, decoro era associado a boate de strip tease e não a representante público, saúde pública curava e não matava, obra pública durava e não era implodida por erro de construção, 
 kit de primeiros socorros era item de carro de resgate e não obrigatoriedade de carro de passeio, e privatização de aeroporto, segurança pública, saúde pública, transporte público, correspondência básica/financeira nacional, rodovia federal e estadual, extração de petróleo, era só utopia de governantes corruptos.

A palavra, a honradez, o desapego a bens materiais, a ajuda ao próximo... palavras que para muitos não tem mais significado mas que o filme faz causar saudosismo. Ou teremos que sonhar como na série Terra Nova® da FOX?(*)
(*) Nova série produzida por Steven Spielberg, ambientada no ano de 2149, quando o planeta sofre com os distúrbios causados pela industrialização, poluição e superpopulação. Para salvá-lo, cientistas abrem um portal para a Terra pré-histórica e enviam grupos de humanos 85 milhões de anos antes, para repovoar e consertar os erros.
Esquecendo a possibilidade de voltar no tempo (se repararem na série, não há políticos em Nova Terra, ou seja, um paraíso para a sociedade), e vivendo na realidade de nosso país, questiono:
Será que vivemos numa sociedade de palavra, honesta, altruísta?
Penso que não, e já até comentei em matéria publicada no site da Band:  
Presidente diz sem ter os recursos efetivamente aplicados na saúde, ela não é a favor da volta da CPMF
“Não sou a favor daquela CPMF porque ela foi desviada” kkk Presidenta Dilma!
O desvio total do recurso da CPMF nem se compra aos escabrosos desvios e rombos aplicados pelos ministros, senadores e deputados da gestão petista.
Alguém se lembra do rombo no INSS da Benedita?
Desnecessário foi a minha contribuição com a CMPF e pagar correções acima da inflação nos planos de saúde privados, nos remédios nas farmácias...
Desnecessário é continuar vendo pessoas mais pobres do que eu morrendo nos hospitais e postos de atendimento porque algum "costa quente" roubou da saúde pública e nada foi feito a respeito.
Não sou a favor é do voto secreto para inocentar um bando de bandidos em conluio nos poderes em Brasília.

Outra matéria que me deixou mais pessimista com o futuro do país foi o Programa Sem Fronteiras da Globo News (06/10/11) - Sistema público de saúde brasileiro continua comsérios problemas
Qual a primeira imagem que nos passa pela cabeça quando falamos de sistema de saúde no Brasil? Imagens de uma população cada vez mais saudável, com índices cada vez mais baixos de mortalidade infantil graças a um programa que atende a cem milhões de pessoas? Não. As imagens são de corredores cheios de pacientes sem atendimento, doentes obrigados a esperar até um ano por um exame ou uma cirurgia, pacientes que batem na porta de oito hospitais antes de serem atendidos.

Os dois lados do atendimento de saúde são verdadeiros. Pode parecer incrível, mas o país caminha para alcançar de fato o atendimento universal e gratuito, garantido pela constituição de 1988. Cem milhões de pessoas são atendidas no Brasil pelo programa de Saúde da Família que dá certo.

A falta crônica de recursos para manter o SUS e problemas de gestão atrapalham este caminho.

Vamos economizar? Que tal começando com as despesas dos senadores, deputados, gabinetes, assessores, vereadores.... planos de saúde ministerial, cartão governamental... entre outras coisas como desvios de dinheiro público, equipamentos e obras superfaturadas, obras inacabadas? Por que somente aposentados e funcionários públicos (professores, policiais, médicos, etc.) "pagam o pato"?

Mas esquentar tanto por todos? Pra quê?
Finalizo o post tentando esquecer desse desastre planejado para 2014 – tomara que dê, no país do futebol e do carnaval, para ver a Copa do Mundo antes do fim do Brasil.
"(...)You can go to extremes with impossible schemes
Você pode ir aos extremos com planos impossíveis
You can laugh when your dreams fall apart at the seams
Você pode rir quando seus sonhos caem aos pedaços
And life gets more exciting with each passing day
E a vida se torna mais empolgante a cada dia que passa
And love is either in your heart or on the way
E o amor está ou no seu coração ou em seu próprio caminho"

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